💼 Profissão: Criador(a) de Conteúdo Adulto — A Urgência da Regulamentação e o Direito ao Respeito
- Mattos Movies
- há 7 dias
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Enquanto o consumo de conteúdo adulto cresce a passos largos, seus criadores ainda lutam na sombra da informalidade, do preconceito e da invisibilidade legal. Está na hora de mudar essa história.

📈 Uma indústria bilionária... ainda invisível aos olhos da lei
O Brasil é um dos países que mais consome conteúdo adulto no mundo. Plataformas como Privacy, OnlyFans e afins se tornaram verdadeiros palcos de independência para milhares de criadores, especialmente após a pandemia. A promessa? Liberdade criativa, retorno financeiro e autonomia profissional.
Mas a realidade nem sempre entrega o que vende. A falta de regulamentação clara para essa profissão coloca produtores e artistas à margem — mesmo quando exercem seu trabalho com ética, responsabilidade e dentro da legalidade.
💰 O impacto financeiro da informalidade
Trabalhar com conteúdo adulto não é "fácil dinheiro". Por trás das câmeras, há investimento em equipamento, edição, divulgação, identidade visual, marketing, segurança digital e até atendimento ao público.
Sem regulamentação específica, esses profissionais precisam se virar como podem. Muitos atuam como MEI ou autônomos em categorias que não representam corretamente sua atividade, enfrentando tributações altas e burocracias complexas. E, quando alguma plataforma ou rede social cai ou é censurada, como aconteceu com o X (Twitter) recentemente no Brasil, o impacto direto é no bolso e no sustento de quem depende disso para viver.
Mas a questão vai além de simplesmente "ficar fora do ar". Sem leis específicas, as plataformas forçam situações, mudam regras sem aviso, não são transparentes sobre ganhos e distribuição de renda. Criadores ficam reféns das condições impostas — dançando conforme a música de empresas estrangeiras que, mesmo com suporte técnico ou promessas de “parceria”, deixam em aberto até onde temos direitos de fato.
A pergunta que fica é: quais são nossos direitos hoje? E quem os garante? Sem regulamentação, tudo é nebuloso — e nós, profissionais do conteúdo adulto, continuamos à mercê de estruturas que não nos representam.
👊 Preconceito, estigma e hipocrisia
Enquanto o conteúdo adulto é consumido massivamente, seus produtores ainda são vistos como "fora da lei", "vagabundos" ou "sem futuro". Isso é hipocrisia pura.
Criadores e criadoras são pais, mães, estudantes, profissionais que pagam boletos, impostos e cuidam de suas famílias. O estigma social não só marginaliza, como impede o acesso a direitos básicos como crédito, moradia e saúde mental. É uma violência silenciosa que começa no julgamento e termina na exclusão.
E por que um filme adulto não pode ser tratado como uma obra audiovisual como qualquer outra? Há roteiros, atuações, direções, iluminação, câmera, edição, enredo, emoção — mesmo que haja sexo explícito. Qual a diferença, então, entre uma produção nossa e uma obra da Globo, da Netflix ou de Hollywood? O que nos torna “menos”? A nudez? O prazer? Ou o preconceito enraizado em quem consome, mas não respeita?
📜 O que falta? Leis que entendam a realidade
A regulamentação da atividade de criador(a) de conteúdo adulto não é só necessária — é urgente.
Com diretrizes legais claras, esses profissionais poderiam ter:
Reconhecimento de profissão específica no CNPJ e no INSS
Acesso a direitos trabalhistas e previdenciários
Garantias de segurança digital e patrimonial
Amparo contra abusos e exploração de terceiros
Proteção contra tecnologias que podem violar sua imagem ou conteúdo, como deepfakes e uso não autorizado de IA
Transparência obrigatória por parte das plataformas em relação a ganhos, taxas e direitos autorais
✊ Profissionais éticos, que pagam impostos, e merecem RESPEITO
Por trás de cada vídeo, ensaio ou história picante, existe alguém que escolheu viver do prazer — do seu, do outro e do próprio trabalho. E como qualquer trabalhador ou trabalhadora, essas pessoas merecem respeito, dignidade e proteção legal.
Criar conteúdo adulto com ética, transparência e responsabilidade é trabalho sim. Sustenta famílias. Gera renda. Movimenta a economia. Contribui com impostos. E, acima de tudo, exige coragem.
Está mais do que na hora de deixar o preconceito de lado e começar a enxergar quem vive da arte do desejo como o profissional que é.
✍️ Esse artigo faz parte do nosso compromisso em dar voz a quem vive do prazer, com verdade e coragem.📌 Exclusivo no MattosMovies.com — conteúdo sem censura, com atitude e respeito.
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